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05/10/2021
Mensagem de 30 de Setembro de 2021
Quando comecei a pesquisar para meu novo livro “Why Woo Woo Works” (em tradução livre, “Por que o misticismo funciona”), um dos primeiros assuntos que investiguei foi Reiki. O Reiki é muito popular hoje em dia, mas muitas pessoas não familiarizadas com ele ainda se referem a ele como “misticismo, curandeirismo”, ou seja, para eles não há nada ali.
Bem, acontece que há bastante ciência no Reiki. Uma meta-análise de 2018 de quatro ensaios clínicos randomizados sobre o uso de Reiki para reduzir a dor em uma série de condições médicas descobriu que a técnica produziu uma redução estatisticamente significativa da dor.
Da mesma forma, um estudo de 2019 publicado no British Medical Journal Supportive & Palliative Care relatou que “a terapia de Reiki é útil para aliviar a dor, diminuir a ansiedade/ depressão e melhorar a qualidade de vida em várias condições”.
Às vezes, esses estudos são feitos em hospitais. Um aconteceu no Bryn Mawr Hospital, na Pensilvânia, com pacientes que haviam passado por uma cirurgia de artroplastia total do joelho, uma operação muito comum nos Estados Unidos. Vinte e três pacientes receberam Reiki e 20, não – para comparação. A dor foi avaliada antes da operação e em cada dia posterior. Aqueles que receberam o Reiki sentiram significativamente menos dor do que os que não receberam.
Os resultados foram de fato tão convincentes que o hospital logo estabeleceu um programa dedicado ao Reiki, em que 10 enfermeiras foram treinadas e certificadas em Reiki. Agora, os pacientes de artroplastia de joelho lá recebem rotineiramente o Reiki e, como consequência, sentem um pouco menos de dor.
Então, o que é o Reiki exatamente? A palavra “reiki” é composta por duas palavras japonesas: “rei”, que significa “força oculta ou poder superior”, e “ki”, que significa “energia vital”. Acredita-se que tenha se originado no início do século 20, depois que o zen budista Mikau Usui fez um jejum de 21 dias e penitência no Monte Kurama. A história conta que ele se iluminou com o conhecimento do reiki no 21º dia e foi curado de suas doenças. Em seu retorno à sua aldeia, ele abriu uma clínica e começou a oferecer reiki gratuitamente às pessoas.
É listado como uma técnica de “cura energética” ou uma “terapia de biocampo”. É certo que isso à primeira vista soa como misticismo, mas um biocampo é simplesmente um campo elétrico ou magnético gerado por um organismo biológico.
Quando você conecta, digamos, um carregador de telefone a uma tomada de parede, a eletricidade (ou campo elétrico) é gerada por um processo físico, portanto, chamamos apenas de campo elétrico em linguagem simples. Mas quando é gerado por íons como cálcio “Ca (2+)”, sódio “Na (+)” e potássio “K (+)”, que se movem para dentro e para fora das células, é chamado de biocampo para distinguir a fonte do campo elétrico. Então, você tem um biocampo. Eu tenho um biocampo. Todas as pessoas, animais, plantas, pássaros, peixes e insetos têm um biocampo, assim como todas as suas células.
Qualquer campo elétrico em mudança/movimento gera um campo magnético. Portanto, você não apenas tem muitos pequenos campos elétricos em seu corpo e um campo de soma – a soma de todos esses campos elétricos, seu biocampo geral –, mas também muitos campos magnéticos pequenos e maiores que emanam de áreas onde há muito fluxo sanguíneo (muitos campos elétricos em movimento), como o coração.
O Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrada dos Estados Unidos diz que o objetivo de um praticante de Reiki é direcionar energia para ajudar a facilitar a resposta de cura da própria pessoa. Em certo sentido, o que está sendo direcionado são campos elétricos e magnéticos. Embora não estejamos estudando o movimento individual dos campos elétricos e magnéticos enquanto um praticante aplica Reiki, os resultados em grande parte quase certamente vêm desse processo.
Acredita-se que o próprio estado do praticante é, portanto, de suma importância. Uma pesquisa feita no Heartmath Institute em Boulder, Colorado, convidou voluntários para sentar próximos uns aos outros. Quando uma pessoa estava sentindo empatia, compaixão, amor ou qualquer outro estado similar “focado no coração”, seus ritmos cardíacos guiavam (ou controlavam) as ondas cerebrais dos voluntários próximos a ela.
Acredita-se que esse processo ocorra de duas maneiras. Em primeiro lugar, através do campo magnético do coração da pessoa quando ela sente esses estados positivos, que, então, arrasta o campo magnético do coração da pessoa com quem está – da mesma forma que grandes pêndulos arrastam os menores. Em segundo lugar, através de um circuito cerebral conhecido como sistema de neurônios-espelho, que é responsável pelo conhecido fenômeno de contágio emocional (onde você tende a sentir as mesmas emoções das pessoas com quem passa mais tempo).
Quando você está nesse estado focado no coração, ajuda as pessoas próximas a você a se moverem para um estado semelhante. Acho que a maioria de nós provavelmente já percebeu isso em nossas próprias vidas, seja como aquele que afeta outra pessoa ou como o que foi afetado. Há pessoas que a maioria de nós conhece que têm uma presença calorosa natural. Você pode ser uma delas! O fato de você passar a se sentir melhor (mentalmente e/ou fisicamente) perto delas é conhecido como “efeito do curador natural”.
Os praticantes de Reiki são treinados para atingir esses estados ótimos quando estão trabalhando com clientes. Seu objetivo é servir ao “bem maior” do cliente. Seu estado predominante é a empatia.
Existe outro processo que opera ao mesmo tempo que este. O Reiki é tipicamente uma experiência repousante ou restauradora. Isso por si só auxilia os processos naturais de cura do corpo conforme o sistema nervoso autônomo se move em direção a um maior estado parassimpático (repouso e digestão). Durante esse tempo, os sistemas naturais de cura do corpo, que inclui o sistema imunológico, são capazes de funcionar de maneira mais otimizada. Se a maioria dos efeitos do reiki vêm do estado do curador ou da experiência restauradora, não sabemos ao certo. É mais provável que seja de um pouco de ambos. A própria experiência ajuda a auxiliar os processos naturais do corpo, e o estado do curador pode ajudar ainda mais se estiver focado no coração.
Em última análise, não há nada de místico realmente acontecendo, apenas processos físicos sobre os quais a maioria das pessoas têm pouco conhecimento. Às vezes, é apenas a nossa falta de consciência do conhecimento ou pesquisa disponível que trai nossas atitudes em relação às coisas. Chamamos as coisas de misticismo não porque sejamos especialistas nessas áreas e sabemos se algo é verdadeiro ou não, mas porque não somos especialistas e simplesmente não sabemos sobre o conhecimento ou pesquisa disponível.
Existe uma grande quantidade disponível de pesquisas. Eu citei bastante disso em meu livro “Why Woo Woo Works”. Ali, também explico por que adoraria ver uma integração mais estreita entre os tratamentos convencionais e as práticas complementares.
Não precisa ser um ou o outro. Sim, às vezes muito mais de um e menos do outro, especialmente para condições agudas ou graves, mas outras vezes talvez mais do outro e menos do primeiro. E em outras ocasiões uma mistura de ambos. Mas eu acho que o futuro de longo prazo da saúde estará melhor equipado com uma mistura de alopático e complementar, mainstream e holístico, Ocidente e Oriente.
David R. Hamilton PhD — Fonte: https://eraoflight.com/
Adriana D. R. T. Olívėra e Marco Iorio Júnior — Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz