A auto-justificação

Mensagem em 30 de Novembro de 2018

Jesus disse:

“A verdade é sempre temperada com compaixão. Tenho observado algumas pessoas em seu plano humano que dizem, ‘Bem, é apenas a verdade’ e é tão cruel. Não é isso que a verdade é…

Muitos de vocês estudaram e dizem, ‘O sofrimento é uma escolha, Mestre.’ Sim, parte do sofrimento é uma escolha; parte dele está por vezes no Plano Divino – seja da alma, do indivíduo ou do grupo.

Mas eu digo a vocês: Onde está a compaixão em tal afirmação? Não é triste que qualquer Ser – consciente, inconscientemente ou em concordância com Deus – escolheria o sofrimento? Pois ainda quando serve e ensina, magoa!”

A pessoa que diria “O sofrimento é uma escolha, Mestre” está, na minha perspectiva, tomando a mesma posição hipócrita que eu tomei na maior parte da minha vida, uma posição que apenas é superficial e na melhor das hipóteses intelectual.

Mas faltando a consciência de sentimento e uma capacidade de sentir conscientemente, o melhor que eles podem esperar expressar é uma hipocrisia informada. O mais elevado que existe para eles é um código moral.

Se a vida inteira é sobre descobrir quem nós somos na essência, esta tendência nos leva a uma pequena distância no final da estrada e então nos leva a um beco sem saída. Isto é, depois de um ponto, não leva a lado nenhum, tal como Jesus está apontando.

Nada sendo experienciado, mas apenas conhecido como ideias em sua cabeça, torna a compaixão fora do alcance. A compaixão para mim é sentir por e com o Outro, caminhar em seus sapatos, vendo a vida a partir de sua perspectiva.

Tomei uma decisão há algum tempo de que nunca iria discutir o que parecia ser o karma de outra pessoa. Nunca iria analisar ou me preocupar com isso. Como iria eu saber o que poderia ser?

A minha tarefa era ajudá-los através do que estavam experienciando, com compaixão.

A determinação do karma acontece a um nível de pagamento mais elevado. No meu nível de pagamento, a compaixão é a lição a ser aprendida.

O meu tipo de intelecto não sentia. Por muitos anos eu não estava consciente de que não o fazia: não sabia que não sabia.

Depois eu estava consciente, mas ainda não sentia muito. Mas agora vejo que o que foi então um luxo se tornou agora uma necessidade. Se estou destinado a ser um filantropo humanitário de sucesso, preciso sentir compaixão. Preciso sentir.

Gandhi dizia que ele colocava apenas uma coisa à frente da verdade e ela era ahimsa – inocência. Ainda que não tenha conseguido encontrar essa citação, aqui está uma equivalente próxima: “Sou um intransigente oponente de métodos violentos mesmo que sirvam a mais nobre das causas.”

A inocência é o pináculo da compaixão, disse ele – estendendo a compaixão de alguém por todos e por tudo, sem questionar.

A inocência é andar, viver, respirar compaixão. Gandhi e Jesus estão no mesmo comprimento de onda.

Para mim, esse é o destino de um filantropo humanitário. É o meu objetivo: primeiro a Compaixão e depois a verdade (temperada com compaixão). A minha hipótese de trabalho é: nunca a inocência pode ser a verdade da vida; apenas o amor provará ser a verdade.

Estamos num processo de constante desdobramento. “Desdobramento” para mim significa comportar-se consistentemente com objetivos de Quinta Dimensão num mundo que funcione para todos.

Existe apenas uma nota sobre desdobramento enquanto filantropo humanitário.

Também existe desdobramento enquanto parceiro sagrado, enquanto artista (escritor), enquanto servo da Mãe, em todas as frentes.

E desdobramento enquanto membro de um grupo de almas (Trabalhadores de Luz) “subindo” juntos; desdobramento como um entre inúmeros aspirantes espirituais procurando a Ascensão, moksha, liberação – o objetivo histórico de todos os sábios da Terra desde os tempos Védicos – e o objetivo desta geração.

Steve Beckow

Fonte: goldenageofgaia.com– Edição e tradução exclusiva Trabalhadores da Luz: Laudi Fagundes e Margarida Estevam.