A compaixão traz dois desafios

Mensagem de 26 de abril 2016

Compaixão tem origem latina, compadecer é “sofrer com”, mas no sentido de compreender a outra pessoa.

Esta compreensão só é possível se tivermos a noção clara de que todos estão aqui para serem felizes e tem exatamente o mesmo direito à felicidade. Esta noção, este senso de preocupação, é o que nos traz a compaixão.

A compaixão traz dois desafios.
Primeiramente que possamos ter compaixão do outro sem julgá-lo. Em segundo, quando se tratam de entes queridos que sofrem, que possamos ter o desapego necessário.

Nos dois casos, é necessária uma compreensão muito grande sobre o caminho de cada um, para que possamos ver ao outro como alma iluminada que é, em seu caminho evolutivo.

No momento em que você enxergar ao outro desta forma estará reconhecendo a sua independência, permitindo que seja livre e se afastando do apego. Esta separação se faz necessária para que possamos ter a verdadeira compaixão, sem apego.

Esta compaixão desapegada é motivada pelo amor incondicional, e somente este amor pode ajudar.

A sociedade e as instituições seculares lutaram por muito tempo para deturpar o amor, esconderam o verdadeiro amor dentro de várias cascas de falsas crenças. Tudo que lhe ensinaram sobre o amor foi apenas com a finalidade de escondê-lo de você. Porque o verdadeiro amor une as pessoas na sua essência, fortalece e liberta as pessoas. Mas isto não interessa, por que não é possível controlar pessoas livres.

Este amor mundano que a sociedade ensina é um amor apegado que estabelece um vínculo energético corrosivo, que rebaixa a frequência vibratória dos dois e permite que as energias se degradem e sejam sugadas por formas pensamento inferiores. As energias literalmente escoam pelo ralo.

Nos momentos de sofrimento, o amor apegado e tradicional nos enfraquece e enfraquece também o objeto de nosso amor.

Precisamos enxergar os que sofrem como almas perfeitas em seu caminho perfeito, separadas de nós.

Somente enxergando quem sofre em sua forma de alma perfeita, permitirá que você o ame incondicionalmente, sem pena e sem apego. Este olhar devolve a dignidade a quem precisa e o fortalece. Torna-o senhor de seu destino, permitindo que encontre a sua integridade, o seu Eu interior.

Amar com pena é vitimizar e enfraquecer quem mais necessita de nosso apoio.
Amar quem sofre, incondicionalmente, é fortalecer quem precisa de seu apoio, é reconhecer que cada um tem seu próprio caminho e permitir ao outro segui-lo em liberdade.

através de Prama Shanti,

Fonte: https://pramashanti.wordpress.com/