A liberdade de expressão

Mensagem de 26 de Maio de 2020

Neste momento, estamos todos encarando um futuro incerto. Como será o mundo quando passarmos para um “novo normal”? Que perdas de liberdade podem ser impostas a nós? Ainda nos identificamos com as pessoas com as quais estávamos conectadas? Como nos expressamos no novo paradigma? Como podemos honrar a vida sem temer a morte?

Liberdade de Expressão
Estas perguntas e muitas outras estão afligindo a comunidade dos despertos neste exato momento. Muitos sentem que devem defender sua liberdade de expressão, mas ainda assim sentem-se relutantes em voltar para o mundo, causando uma espécie de depressão pós-confinamento. Qual a causa disso e como podemos lidar com ela?

Para alguns, o confinamento expôs muitos padrões cármicos, desafiando nossa forma de viver ou fazendo-nos sentir solitários. Outros tiveram um sentimento de euforia com o aparente desacelerar do sistema, tirando tempo para refletir. Ou talvez uma mistura dos dois. Mas independente de como você se sentiu durante este período, as restrições em nossas liberdades teriam tido um efeito de faca de dois gumes.

Os perigos da vida automatizada
O que o confinamento trouxe para muitos foi um senso de rotina. Com tantas coisas no mundo externo fora de nosso controle, houve um sentimento de relaxar, esperando pelo confinamento terminar. Entretanto, tem sido fácil se tornar complacente neste momento de desaceleração e espera. Quando isso acontece, o perigo é que muitos comportamentos tornam-se rotina. Nos apegamos a eles porque nestes tempos de incerteza eles nos dão um chão estável a partir do qual funcionar. E então nos tornamos automatizados. Existe um conforto nisso. É familiar. É seguro.  

Infelizmente, agarrar-se a essa falsa estabilidade cria um tipo de existência cinza. Não estamos mais vivendo realmente. E portanto, agora que estamos saindo do confinamento, a perspectiva de viver novamente pode parecer tão assustadora como a de morrer.

Abraçando o Yin e o Yang da mudança
Para sair dessa existência cinza, precisamos começar a viver o yin e o yang da vida e da morte. O sistema e nossos líderes mundiais nos deixariam aterrorizados sobre a morte. Mas, o problema é que vida e morte são apenas dois lados da mesma moeda. Como energia, morte é simplesmente a quebra de uma realidade para poder criar espaço para outra (mais vida).

Portanto, ao evitar a morte como temos feito, inevitavelmente evitamos a vida também.

A depressão pós-confinamento que muitos estão sentindo é devido à destruição daquela bolha de segurança, significando que agora temos que enfrentar a incerteza (morte) de cabeça erguida. E não nos sentiremos realmente vivos novamente até que possamos encarar a incerteza.

Talvez ela se manifeste nas preocupações financeiras à medida que você percebe que seus recursos não são tão seguros como eram antes. Talvez você esteja reavaliando amizades anteriormente preciosas ou finalmente percebendo que o seu relacionamento não está mais servindo para você. Talvez você esteja com medo de se tornar um exilado se se posicionar sobre aquilo que acredita.

Tudo isso requer que abracemos a morte. Não podemos viver verdadeiramente de novo até que façamos isso.

É hora de cantar nossa música por tudo o que valemos!
Agora mais do que nunca, precisamos nos sintonizar com nossa música interna. Precisamos cantar essa canção que nos faz sentir vivos! Então podemos perceber onde a mudança é necessária. A sua música se encaixa com seu ambiente? Há harmonia suficiente para levá-la para frente? Existe uma quantidade de melodias contrárias que desafiam você de uma forma complementar?

O que o ajuda a se sintonizar com sua música interna? Eu acho que uma mistura de natureza, hobbies, criatividade, situações desafiadoras, processar a dor e meditação são um coquetel ideal.

Sintonizar-se com nossa canção e expressá-la é o que irá instigar a mudança que precisa ocorrer. Fazendo isso, enviamos uma mensagem ao universo que diz em alto e bom som quem somos. Portanto ele pode responder e uma nova maneira de viver emerge de nós. Vai ser preciso uma certa quantidade de força de vontade de guerreiro para nos sintonizarmos novamente com nossa música depois deste confinamento. Vai ser preciso a coragem de olhar para a morte cara a cara, ser honesto com o que você precisa liberar e então dar um passo em direção à incerteza sabendo que é a única forma de realmente viver.

Namaste

Rich
Fonte: https://higherdensity.wordpress.com/ — Roseli Giusti Zahm e Marco Iorio Júnior — Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz