A mente e a ilusão do poder

Mensagem  de 11 de Março de 2018

Todos estamos conscientes de que a mente adora tentar resolver e entender as coisas. Mas, aqueles de nós na trajetória de ascensão estão descobrindo que, quanto menos tentamos resolver as coisas, melhor. E sabemos que a mente está inclinada a querer manter sua posição de poder e controle.

Porém, também estamos descobrindo que o poder é uma ilusão. Que uma força externa não pode realmente destruir a alma. A alma é eterna, e não usa poder para criar. No entanto, porque a humanidade negou seu próprio eu Divino, ela aderiu à crença do poder e na importância de alcançá-lo, mantê-lo e empunhá-lo.

Nós também reconhecemos que a necessidade de poder e controle é baseada no medo. A mente, por sua natureza, é cheia de medo.

Tudo o que precisamos fazer é olhar para o mundo afora para ver como a mente temerosa está arquitetando suas tentativas de poder e controle. Quando olhamos para a história da humanidade, podemos ver tendências nas quais os progressos são feitos na consciência, nos direitos humanos, apenas para serem seguidos por uma reação do conservadorismo e do medo.

Nós vemos isso acontecendo novamente na atual administração aqui nos Estados Unidos. Essa mente temerosa fará o que for preciso para recuperar o controle, tirando qualquer um de seu caminho.

E empunhando sua propaganda retórica baseada em medo para aqueles que estão dispostos a engolir, bem como a bebida com cianeto que Jim Jones deu aos seus seguidores (Jonestown).

Nós chacoalhamos nossas cabeças, imaginando como pessoas de aparente inteligência podem ser influenciadas por tal retórica sem perceber a hipocrisia.

Novamente, é essa mente inteligente que quer controle e quer proteger-se da aniquilação a qualquer custo. Tem sido o fundamento do patriarcado tóxico por muito, muito tempo.

Quando as pessoas estão com medo, elas não querem mudança, não querem mais liberdade, elas querem proteção. Claro, o inimigo está realmente em sua mente, não por aí em outra raça, gênero ou país. Esse é o tipo de pessoas que se sentem mais à vontade com um regime autoritário.

Essas são as pessoas que estariam gritando: “Prendam-a!” (Hillary Clinton). Porque o feminino, a perspectiva mais ampla, é muito ameaçadora.

Neste caso, o patriarcado sente no feminino algo que consideram poderoso. Algo que eles próprios não conseguem acessar, que todas as forças no mundo não puderam acessar. O que os coloca em uma desvantagem distinta.

A frustração traduz-se em raiva em relação ao feminino. E não é apenas na direção do gênero feminino, mas para qualquer coisa e tudo que incorpora essa perspectiva feminina.

Tanto homens como mulheres podem se sentir presos numa perspectiva de vida que é desprovida do Divino Feminino.

E a raiva e a necessidade de controle são baseados em sentimentos de indignidade. É uma história antiga e galáctica.

Em todas as coisas que vemos a perpetuação do masculino contra o feminino, do mais notório ao mais sutil, são baseadas em sentimentos profundos de indignidade.

O masculino não acredita que ele possa acessar o feminino em si mesmo e, no nível mais profundo, ele sabe que esse é o elixir para sua própria liberdade. Então ele está com raiva. E a raiva geralmente é um véu que envolve outras emoções, como a tristeza, a sensação de vulnerabilidade, a sensação de abandono.

O masculino tem sido doutrinado que parecer vulnerável é um destino pior do que a própria morte. E, no entanto, ser vulnerável é um componente crítico de estar aberto ao amor e à alegria.

Então, a raiva é uma energia que esconde outras emoções.

Esconde um coração partido. Esconde culpa e vergonha. É mais fácil projetar a raiva do que refletir internamente, o que precisa de muito mais coragem.

O masculino tóxico reconhece essa coragem no feminino e quer detê-la. Ele quer “prendê-la!”

O masculino tóxico vê seu poder como a ilusão que é. Ele sabe o quão cansativo se tornou sustentar a aparência de ser forte. De poder.

No nível mais profundo, ele sabe que a verdadeira força não é sobre agressão, competição, rispidez, armas ou virilidade.

No feminino, ele vê um semblante, uma confiança silenciosa. Ele vê uma sensualidade que ele mesmo anseia, mas interpreta-a em termos sexuais. Ele vê o feminino como se estivesse tentando provocá-lo ou seduzi-lo.

Ele a vê como capaz de ter uma intimidade emocional que o escapa. Em vez de ir para dentro de si mesmo, ele a acusa de ser muito sensível.

E, claro, uma mulher que é vítima de seu próprio estado emocional não pode ser confiável em cargos de poder, como a presidência.

E, no entanto, como as estatísticas da criminalidade nos mostram, o gênero masculino é muito mais incapaz de controlar suas emoções de raiva e fúria. Mas sabemos que isso decorre de negar suas emoções, seus sentimentos de vulnerabilidade, em primeiro lugar.

Então, podemos ver que sempre que há progressos nas sociedades, sempre que o feminino começa a se tornar mais presente na consciência, há uma resposta de medo que vem ao virar da esquina. E ele pode assumir várias formas.

E, para ser claro, esse medo pode residir em ambos os sexos. Em todos os gêneros.

Aqueles de nós aqui no planeta nesse momento, que estão na vanguarda da mudança, estão fornecendo uma consciência de equilíbrio. Nós estamos no processo de liberar a velha mente, a mente que mantém o medo. Ao avançar, a espécie humana não se pode permitir levar a velha mente cheia de medo com eles, ou um futuro esperançoso não poderia ser garantido.

Fonte: https://soulsoothinsounds.wordpress.com – Camila Picheth e Marco Iorio Júnior- Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz