A Quietude do Espaço

Mensagem de 27 de Janeiro de 2020

Quando você não estiver mais totalmente identificado com formas, a consciência – quem você é – fica livre de sua prisão em forma.

Essa liberdade é o surgimento do espaço interior. Isto vem como uma quietude, uma paz sutil profundamente dentro você, mesmo diante de algo aparentemente mau. Isto também passará. De repente, há espaço ao redor do evento. Também há espaço em torno dos altos e baixos emocionais, mesmo em torno da dor. E acima de tudo, há espaço entre seus pensamentos. E desse espaço emana uma paz que não é “deste mundo”, porque esse mundo é forma, e a paz é espaço. Esta é a paz de Deus.

Agora você pode apreciar e honrar as coisas deste mundo sem dar a elas a importância e o significado que elas não têm. Você pode participar da dança da criação e ser ativo sem apego ao resultado e sem impor exigências irracionais ao mundo: cumpra-me, faça-me feliz, faça-me sentir seguro, diga-me quem eu sou. O mundo não pode lhe dar essas coisas e, quando você não tem mais essas expectativas, todo sofrimento auto-criado chega ao fim. Todo esse sofrimento é devido a uma supervalorização da forma e um desconhecimento da dimensão do espaço interior.

Quando essa dimensão está presente em sua vida, você pode desfrutar de coisas, experiências e prazeres da vida, sentidos sem se perder neles, sem apego interior a eles, ou seja, sem se tornar viciado no mundo.

As palavras “Isso também passará” são indicadores da realidade. Ao apontar para a impermanência de todas as formas, por implicação, elas também estão apontando para o eterno. Apenas o eterno em você pode reconhecer o impermanente como impermanente.

Fonte:https://eraoflight.com/ — Rafael Gama e Marco Iorio Júnior — Tradutor e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz