A realidade explicada por meio da Física quântica

Mensagem de 31 de Agosto de 2021

A realidade é definida como “o estado das coisas como elas realmente existem”. Quando o termo realidade é usado, ele inclui tudo que é e não é, seja ele observável ou compreensível pela raça humana. A realidade neste sentido pode incluir tanto ser quanto o não ser, tudo e nada, tudo o que é e tudo o que não é.

Como a Realidade é Criada

Há várias escolas de pensamento que abordam a questão enigmática do que exatamente é realidade e como ela é criada. Muitos sábios, místicos, filósofos, musas e outros, contemplaram e meditaram nesta questão e abaixo seguem algumas de suas conclusões.

  • Aspectos espelhados de consciência auto-criados, replicações instantâneas atraídas para a realidade coesa, criam a realidade. O estado interno de nosso ser, nossa consciência interna que é projetada em nossas ações, se alinha com o infinito e nos posiciona adequadamente para nosso estado de intenção.
  • A consciência cria a realidade. Somos aquilo que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, criamos nosso mundo.
  • Tudo o que vemos ou parecemos é apenas um sonho dentro de um sonho. A realidade não é o que parece; aquilo que vemos não é o que é. 

Uma Explicação da Realidade Através da Física Quântica

A física quântica tem sido a abordagem mais recente e mais científica para responder à antiga questão sobre o que é realidade. A realidade quântica tem diversas possibilidades, não apenas uma crença estabelecida como a natureza da realidade. Para oferecer um breve resumo, abaixo estão as percepções gerais da realidade, como entendidas pela física quântica.

Não há realidade profunda

Esta é a interpretação Copenhagen da realidade. Não há realidade profunda. O que os sentidos experienciam não é negado. O mundo que vemos ao nosso redor é real o suficiente, mas flutua num mundo que não é tão real. Os fenômenos diários são criados não a partir dos fenômenos, mas de um tipo completamente diferente de ser.

A realidade é criada pela observação

Esta é a segunda parte da interpretação Copenhagen. O que vemos é sem dúvida real, mas estes fenômenos não estão de fato lá na ausência de um observador.

A interpretação Copenhagen consiste em duas partes:

Não existe realidade na ausência de observação.
A observação cria a realidade (você cria sua própria realidade).

A realidade é um todo não dividido

Esta é a visão que Walter Heitler sugeriu. A despeito de suas partições e limites, o mundo na verdade é um todo perfeito e inseparável. Esta também é uma conclusão obtida no Tao da Física.

A realidade consiste num crescente número de universos paralelos

Esta é a interpretação de muitos mundos criada por Hugh Everett. Para qualquer situação na qual vários resultados diferentes são possíveis, todos os resultados de fato ocorrem. Para acomodar diferentes resultados sem contradição, novos universos inteiros são criados, idênticos em todos os sentidos, com exceção do único resultado que os originou.

O mundo obedece a um tipo de raciocínio não-humano

O raciocínio não-humano é chamado de lógica quântica. A revolução quântica vai tão fundo, que substituir novos conceitos por antigos não será suficiente. Para lidar com os fatos quânticos nós devemos nos desfazer de nosso próprio modo de raciocínio em favor de uma nova lógica quântica.

O mundo é feito de objetos comuns

Esta é a visão neo-realista. Um objeto comum é uma entidade que possui seus próprios atributos, seja observado ou não. Com certas exceções tais como miragens, ilusões e alucinações, o mundo externo parece povoado com entidades semelhantes a objetos.

A consciência cria a realidade

Esta visão está no centro de muitas religiões. Um aparato dotado com consciência, tal como um ser humano senciente, é capaz de criar realidade. O único observador que conta é o observador consciente.

O mundo é duplo, consistindo de potenciais e realidades

Este é o mundo duplex de Werner Heisenberg. O que as duas partes da interpretação Copenhagen têm em comum é a afirmação de que apenas os fenômenos são reais; o mundo abaixo dos fenômenos não é.

A Realidade como o ‘Aqui e Agora’

A realidade é como nós a encontramos aqui e agora. No aqui e agora da psicoterapia, os pacientes geralmente amortecem esta realidade e não conseguem sofrer suas vidas. Com relação ao pensamento Zen do monge japonês Dogen do século 13, Steve Heine observa “dois fatores interrelacionados: o fator objetivo, ou sua visão de que a realidade final é percebida através dos fenômenos diários, concretos; e o fator subjetivo, ou sua ênfase numa sintonização emocional com a impermanência.”

Heine continua dizendo que, “a realização espiritual verdadeira deve ser encontrada ao se abraçar  – ao invés de eliminar – a resposta emocional do indivíduo à variabilidade e perda inevitável”. Além disso, ele comenta que, “Iluminação é obtida conforme a tristeza empática é transformada numa percepção da base não substantiva da existência”.

O Que Fazer com a Realidade

A realidade com “R” maiúsculo não tem nenhuma forma e está além de todos os conceitos intelectuais. A verdadeira verdade é eterna e imutável. Ela sempre foi relevante e sempre será. A verdadeira espiritualidade envolve melhorar a si mesmo através de altruísmo/amor e níveis mais altos de consciência/verdade que nos ajudam a deixar ir os conceitos e pensamentos, porque são os conceitos e pensamentos que obstruem a paz (da mente). A espiritualidade não é a introdução de mais conceitos, a não ser que estes conceitos nos ajudem a nos desapegar de conceitos.

Paz da mente é silêncio da mente. O que significa que pensamentos, pensar, percepções, visões, atitudes, emoções, conceitos, opiniões, crenças e apegos são a fonte do sofrimento. Muitas pessoas dizem, “Eu não gostaria de viver a vida sem minhas emoções ou pensamentos”, mas elas não percebem que é o ego/mente falando, e se a pessoa, mesmo que por um breve momento, experienciassem pessoalmente uma paz/silêncio inefável, belo e profundo, ela certamente não teria mais esse ponto de vista.

Referências
Realidade Quântica: Além da Nova Física, por Nick Herbert

Fonte:  https://eraoflight.com/
Roseli Giusti Zahm e Marco Iorio Júnior — Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz