Antes só do que mal acompanhado

Mensagem de Setembro de 2017

Muitas pessoas inseguras, autocentradas e pouco perceptivas, ao começarem um relacionamento “afetivo”, criam o hábito de colocar o parceiro ou parceira para “baixo” o tempo todo para deixá-los cativos. Sabe aquele cara que vive dizendo que a mulher está gorda e precisa emagrecer ou vice-versa? Sabe aquela mulher que vive humilhando o parceiro ou parceira em situações públicas para mostrar superioridade?

Essas pessoas que acreditam que o outro aprende algo pela crítica e/ou humilhação constantes, em geral, são pessoas inseguras que não conhecem bem nem a si mesmas. São pessoas despóticas que acham que devem ensinar algo ao outro pela coerção, humilhação ou imposição.

Como fala o Osho, a verdadeira ajuda que podemos dar a alguém é inspirar a pessoa a ser quem ela é, e não ficar criticando-a para que ela se torne aquilo que apenas um dos dois quer!!!! Isso não é ajuda, é manipulação, é abuso de poder, é invasão, é projeção. Empatia zero. Amorosidade zero.
Claro, dentro daquilo que cada um pode ser, o casal conversa para achar o conjunto intersecção entre eles, isso é amorosidade, a meu ver.

O parceiro que se submete a humilhações constantes, em geral, tem uma autoestima tão no lixo que, muitas vezes, prefere ficar com as migalhas do outro do que se arriscar a sair dessa relação com medo de não encontrar outra pessoa. É a filosofia do: “antes mal acompanhado do que sozinho”.
São pares complementares: o que humilha e o que sente, inconscientemente, que precisa ser humilhado por algum motivo.

Minha sugestão amorosa é: Se você está com uma pessoa que só te critica o tempo todo, crie a coragem de cair fora enquanto você ainda tem o mínimo de amor próprio. Sei que não é fácil, que todas as escolhas tem um preço, sei que ter que lidar com o luto de uma separação é um processo lento e doloroso, mas nada pode ser pior do que ficar cultivando a rejeição diariamente.

Lembre-se: Tudo o que sai da energia amorosa, é doença.

Cada vez que você se submete a isso voluntariamente, está confirmando a crença de que merece migalhas.

Mais meditação e menos alienação de nós mesmos,

Fonte: Gisela Vallin – http://www.giselavallin.com/