Apenas tente observar  

Mensagem de 8 de Agosto de 2022

Uma das perguntas que as pessoas mais fazem quando descobrem a visualização remota pela primeira vez é: como eu posso tentá-la? Embora demande treino, tempo e prática para se tornar um visualizador remoto altamente capacitado, é relativamente fácil até mesmo para um iniciante fazer uma experiência de visão remota com sucesso. Abaixo seguem algumas diretrizes para dois experimentos básicos.

Um tipo fácil de experimento envolve meramente tentar “ver” o que está numa imagem selada num envelope opaco. Peça para um amigo selecionar várias fotos claras, interessantes, com imagens, linhas e cores fortes, coloque cada uma numa folha de papel branco e sele cada uma num envelope opaco (é importante que nada dos conteúdos sejam vistos através do envelope). Seu amigo também deve numerar os envelopes sequencialmente de “1” até o número mais alto que houver de envelopes.

As fotos não devem ser muito complexas, mas interessantes o suficiente para manter algum interesse na mente subconsciente do visualizador remoto (que está altamente envolvido no processo). Também ajuda se as fotos forem o tão diferentes umas das outras quanto possível, pois é mais fácil para dizer a partir do ponto de vista dos resultados geralmente parciais produzidos pelo processo de um visualizador remoto iniciante, qual foto o visualizador descreveu quando a sessão terminou.

Quando você estiver pronto para a sessão, selecione um dos envelopes e sente-se numa mesa num canto tranquilo ou uma área pacífica com diversas folhas de papel e uma caneta. Após anotar a data e hora, comece sua sessão escrevendo “Alvo 1” (ou qualquer que seja o envelope que você selecionou) no topo da folha. Este é o seu sinal para começar e você deve então relaxar e tentar perceber as impressões que vêm à sua mente da foto no envelope.

Algumas coisas para lembrar: as impressões da visão remota devem competir com todo o “barulho” mental que ocupam toda nossa mente a todo momento. O barulho mental é feito de todas as lembranças, pensamentos, preocupações, achismos, deduções, distrações etc, que mantêm nosso cérebro zumbindo. Separar isto da verdadeira visão remota é a parte difícil de todo o processo.

Há algumas diretrizes, entretanto. Imagens mentais estáticas brilhantes, fortes, claras, são quase sempre “barulho” e portanto informação errada. Eu sei que isso soa contra-intuitivo. Não é chamado visão remota, afinal? Sim, de fato – mas nem tudo o que “vemos” no processo de visão remota é necessariamente verdade. Geralmente, as imagens mentais são feitas por nossas mentes conscientes para tentar (sem sucesso) explicar coisas mais sutis ocorrendo no profundo de nossas mentes.

Sinais de visão remota verdadeiros são geralmente vagos, difusos, indistintos – Eu gosto de dizer, “como meias lembranças que nós não obstante sabemos são lembranças que você nunca teve antes.” Com a prática de algumas sessões você começará a sentir e perceber a diferença entre o sinal e o barulho. É por isso, a propósito, que é importante fazer rascunhos do que você pensa que está percebendo. Com frequência, rascunhos que parecem não fazer sentido, acabam sendo representações bem exatas de parte ou de todo o alvo. Conforme você avança na sessão, registre pequenos pedaços de percepção – cores, cheiros, sons, texturas, ou sabores que você acha que percebe. Linhas e formas são geralmente importantes. Suas percepções serão fragmentárias no começo, mas começarão a fazer sentido um pouco com o passar do tempo. Você pode nunca obter uma “imagem” completa do que seja o alvo (na verdade, uma ideia sensível, completamente formada do que você acha que o alvo representa ou se parece, será geralmente errôena), mas o que você obtiver geralmente fará sentido depois.

Este tipo de experimento deve levar apenas de 5 a 10 minutos. Quando você sentir que obteve tudo o que pôde obter de seu alvo, escreva “Fim” e o horário do término no final da última folha de papel que você usou. A partir deste ponto, você não deve fazer MAIS NENHUMA MARCA no seu registro escrito da visão remota (ele é chamado a “transcrição” da sua sessão de visualização remota).

Neste ponto, você pode agora abrir o envelope para ver qual era o alvo e compará-lo com a transcrição de sua sessão para ver como se saiu. Seja honesto consigo mesmo – onde algo combina bem, dê crédito a si mesmo. Mas não tente demais encontrar uma correlação entre o que você “viu” e a foto do alvo. Isto é às vezes chamado “ajuste de dados” e é essencialmente uma forma de arrumar desculpas para si mesmo; pode atrapalhá-lo em melhorar suas habilidades de visão remota. Se você não consegue reconhecer onde errou, é mais difícil aprender como fazer as coisas certas da próxima vez.

Isto traz um princípio adicional que é muito importante em aprender a visão remota: você deve estar disposto a falhar para ter sucesso. Você tem quer tentar coisas – tome riscos intuitivos, confie em impressões das quais pode não estar certo, reconheça um pensamento que “não faz sentido” – para ganhar experiência para dizer a diferença entre o dado correto e o incorreto.

Finalmente, mantenha bons registros para que você possa monitorar seu processo. Você deve sempre manter as transcrições da sessão junto com a foto alvo. E sempre coloque a data e seu nome em tudo o que fizer, então arquive num lugar acessível.

VISUALIZAÇÃO REMOTA EMISSOR OU FAROL

Algumas pessoas preferem um protocolo ligeiramente mais complicado de visão remota chamado experimento “emissor” ou “farol”. Neste experimento, o visualizador remoto descreve e rascunha detalhes de uma localidade física selecionada aleatoriamente. Alvos que foram usados em experimentos passados deste tipo incluem parques infantis, edifícios públicos, marinas de barco, moinhos de vento, marcos naturais únicos, monumentos comemorativos etc. Qualquer local com características distintas pode servir como um alvo.

A ideia é usar uma ou duas pessoas como “faróis”, para ajudar o visualizador remoto (ou simplesmente “visualizador”) para “identificar” o local do alvo pretendido com sua consciência.

O visualizador então verbaliza e registra com papel e caneta as impressões que vêm à sua mente durante o experimento.

Há algumas regras a seguir:

  • O visualizador nunca deve saber quel é o alvo ou qualquer coisa a respeito dele até que a sessão termine.
  • Ninguém com o visualizador antes ou durante a sessão deve saber também qual é o alvo.
  • Seguir estas duas regras estabelece o que é conhecido como a condição duplo-cega.
  • O visualizador deve ser colocado numa situação onde pode relaxar e onde estímulos externos (barulho alto, luzes e cores fortes etc) são mantidos no mínimo razoável. Uma sala quieta, confortável, escritório em casa, quarto ou ambiente similar seriam apropriados para isto.

O PROCEDIMENTO PARA O EXPERIMENTO É O SEGUINTE:

VISÃO GERAL: Um visuzalizador remoto numa sala fechada e não tendo conhecimento do alvo, usa suas faculadades mentais para perceber e descrever uma localidade alvo onde uma ou mais pessoas (o time farol) foram.

PARTICIPANTES:
  • Um visualizador remoto
  • Um entrevistador ou “monitor” (opcional)
  • Um time “farol” ou  “emissor” consistindo de uma ou mais pessoas

PREPARAÇÃO: Alguém não envolvido diretamente na atual parte de visualização remota do experimento, prepara quatro ou mais possíveis alvos (num experimento informal como este um membro do time emissor pode preparar os alvos, mas não deve ser o entrevistador e certamente não o visualizador). Como dito acima, os possíveis alvos são características geográficas, estruturas etc, que podem ser alcançadas em 30 minutos ou menos (incluindo o tempo para dirigir, mais o acesso) do local onde o visualizador remoto está isolado. O nome, local e instruções de direção para cada alvo separado são colocados juntos num envelope individual e selados, resultando em quatro ou mais envelopes idênticos, cada um com uma informação diferente do alvo. Os envelopes usados devem ser totalmente opacos para que nada possa ser visto dos conteúdos pela parte de fora e não deve haver características identificando na parte externa de nenhum dos envelopes.

ALVOS: Como mencionado acima, os alvos devem ser tão diferentes uns dos outros e com poucas características em comum quanto possível (será provavelmente impossível eliminar cada característica comum). Isto é para que no final da sessão de visualização remota, será tão óbvio quanto possível se o visualizador descreveu um alvo ou outro. Um exemplo de local alvo pode incluir uma ponte, uma biblioteca, um carrossel, uma padaria. Outro exemplo pode incluir o interior de um moinho de aço; uma marina de barco; uma cachoeira; e um jardim botânico. Use sua imaginação, mas não escolha alvos que são complicados demais – ou seja, que tenham muitas características distintas e detalhes associados a eles. Quando o visualizador é da área local, deve-se tomar o cuidado se possível de não selecionar marcos bem conhecidos que o visualizador possa ser tentado a adivinhar.

PROCEDIMENTO: Pequenas variações no processo são permitidas, mas deve-se proceder mais ou menos com as linhas seguintes:

  • O time do farol, visualizador remoto designado e entrevistador se encontram nas proximidades da sala a ser usada para a sessão de visualização remota. O visualizador encontra e aperta as mãos to time do farol. Relógios são sincronizados e determina-se o tempo para iniciar a visualização.
  • Os envelopes alvo são embaralhados, então alguém arbitrariamente os numera de 1 a 4 (ou mais, se houver). Outro participante joga um dado e o número que sair indicará o envelope selecionado (se 4 envelopes, jogue o dado até que um número de 1 a 4 apareça).
  • O time do farol pega o envelope selecionado mas ainda NÃO o abre. Eles se dirigem para o carro, onde – fora das vistas do visualizador e monitor – eles abrem o envelope e seguem as direções para o alvo.
  • Os envelopes restantes são colocados de lado onde o visualizador não pode acessá-los e o visualizador e entrevistador entram na sala de visualização.
  • Se necessário, o entrevistador explica ao visualizador remoto sobre o processo de visualização remota. Enquanto isso, o time do farol está se aproximando do alvo.
  • Se o time do farol chegar nas proximidades do alvo antes do que combinado no início da sessão (veja # 1 acima), eles esperarão para se aproximar do alvo até que chegue o momento.
  • Uma vez no alvo, o time do farol tentará interagir com ele tanto quanto possível. Se, por exemplo, o alvo for um carrossel num parque de diversões, eles olharão para ele, o tocarão, darão uma volta nele, ficarão perto dele etc. Isto dura por 15 minutos, momento no qual o time retornará para o carro e dirigirá de volta para o local do visualizador.
  • Durante os 15 minutos que o time do farol estiver no local do alvo, o visualizador remoto e o entrevistador estarão conduzindo a sessão, que consistirá do visualizador verbalizando e registrando com papel e caneta quaisquer impressões mentais que possam ter a ver com o alvo. O entrevistador auxilia em alertar o visualizador para direcionar sua atenção ao redor do alvo.
  • No final da sessão e após o retorno do time do farol, o visualizador remoto é então escortado pelo time de volta ao alvo real, para que ele/ela possa receber feedback sobre o que era o alvo e comparar o que foi percebido durante a sessão com o alvo de fato. (Alternativamente, se a viagem de volta for impraticável, o time do farol pode levar uma filmadora junto ao alvo para registrar a experiência enquanto estiver lá). O vídeo pode então ser mostrado para o visualizador para propósitos de feedback.)
MATERIAIS:
  • Envelopes para o alvo e dado. (Cada envelope contém um alvo diferente, incluindo nome do alvo, direções para ele e talvez até uma fotografia do mesmo).
  • Um maço de papel sulfite e uma caneta com tinta preta permanente, de ponta média. O visualizador usará isto para registrar suas impressões.
  • Um carro para transportar o time do farol e também para levar o visualizador remoto para o alvo no final.
  • Um lugar calmo com uma mesa e cadeiras, onde a sessão possa ser conduzida.


Paul H. Smith — Fonte: https://www.irva.org/
Roseli Giusti Zahm e Marco Iorio Júnior – Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz