Aprenda a dizer não

Mensagem de 12 de Junho de 2018

Ontem à noite lidei com um dilema.

Ainda não tenho certeza se tomei a decisão certa. Meu vizinho teve alguns problemas com o carro e me pediu o carro emprestado; uma questão simples, com certeza, mas que trouxe algumas reflexões interessantes. Por favor, deixe-me explicar, pois isso pode ter algumas implicações para os Trabalhadores da Luz em geral.

Logo cedo naquele dia, o mesmo vizinho, que eu conhecia apenas de passagem, tinha um pneu furado e pediu-me o estepe para levar a esposa e filhos para o trabalho e para a escola, respectivamente. Agora, isso foi estranho para mim porque ele trabalha como motorista; assim sendo, deveria ter sempre o estepe em ordem.

Eu tinha um compromisso em seguida, mas concordei em emprestar pois não iria precisar do carro ou do estepe para isso. Assim emprestei e segui meu caminho com confiança em Deus. Mais tarde naquele dia ele devolveu o estepe e agradeceu.

Ontem à noite, no entanto, logo após falar com meu cliente, o vizinho bate na minha porta. Em uma estranha maré de má sorte, outro pneu furou e ele teve dificuldade para pegar um passageiro. Eu estava incrédulo com o fato. A seguir, o vizinho revelou que não conseguiu trocar o pneu furado, e daí pediu emprestado meu carro. Imediatamente senti algumas emoções fortes subirem à superfície. Eu não estava confortável em fazer isso e disse a ele. Ao mesmo tempo, entendi sua situação e quis ajudar.

De má vontade, dei a ele as chaves do meu carro. Depois, sentei-me pensando nos meus sentimentos. Por que eu hesitei em ajudar mesmo que quisesse?

Não foi sobre o apego ao meu carro, percebi. Era sobre a necessidade de manter meu espaço sagrado.

Eu considerei meu pequeno apartamento e meu pequeno carro meu espaço sagrado. Eu estava preocupado com energias estranhas entrando no meu espaço. Sendo um sacerdote védico e mestre de Reiki, conheço muito bem o impacto das energias em nossas vidas. Eu estava relutante em compartilhar esse espaço com um estranho. Pior, dois estranhos pois ele pegou outra pessoa, pois é parte de seu trabalho.

Eu fiz a coisa certa? Ainda não tenho certeza. Por um lado, ajudei-o a sair de uma situação. Mas, por outro lado, permiti que ele invadisse meu espaço sagrado.

Talvez se eu ainda estivesse naquele espaço de Samadhi, ou amor transformador, eu não teria escrúpulo sobre espaço sagrado ou limites. Nesse espaço, Tudo é Um, só existe amor / luz / felicidade. No entanto,  não estou nesse espaço agora. Suspeito, mesmo enquanto escrevo isto, que mesmo quando estamos todos plenamente na Quinta Dimensão e além, ainda haverá a necessidade de um espaço pessoal e sagrado. Isso pode ser verdade até nos fundirmos mais uma vez com o Criador Primordial.

Minha lição do dia: aprenda a dizer não e estabeleça limites em torno do espaço sagrado.

Fonte: https://goldenageofgaia.com/ – Mahalakshmi e Marco Iorio Júnior – Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz