Mensagem em 22 de Abril de 2015
Nós ouvimos os termos “viver centrado no coração” e “usar seu coração” jogados muito em conversas e literatura nesses dias, mas como é que fazemos isso na prática? Que sabedoria tem o nosso coração na realidade?
“Não há instinto como aquele do coração.” ~ Lord Byron
Penetrando no Mistério do Coração
Quando penso em usar o meu coração e não a minha cabeça para aferir situações, conjurar sentimentos de Amor (sinónimo de nossos “corações”) e confiar na minha intuição. No entanto, ainda me deixa perplexa um pouco… bem, pelo menos até à última experiência que tive (prometo divulgar todos os pormenores interessantes adiante nesse artigo).
Na minha experiência, a sabedoria do coração tem muito a ver com o nosso coração órgão físico tal como a mente tem a ver com o nosso cérebro físico.
O processo de trabalhar com a orientação do seu coração é melhor comparado com um pedaço de percepção que se acumula na área do seu coração. Você cai nesse espaço, que é o centro de seu Ser – seu centro – e você tenta sentir sua inteligência inerente… algo chamado inato.
Isto é como eu o vejo, ou melhor, como eu o sinto.
O mover-se em torno da Consciência
Quando estamos pensando e falando, a nossa consciência é normalmente sentida na cabeça. Veja se você consegue sentir a sua consciência agora. Sente como se estivesse sentada em sua cabeça?
Agora veja se você consegue fazer cair essa sensação da percepção consciente para o seu centro do coração (que na verdade é seu Chacra Cardíaco – no centro do seu peito).
Eu sinto que está relacionado com focar essa consciência onde quer que seja necessária. Por vezes podemos deixar cair essa percepção para o nosso Plexo Solar para “sentir” a partir dos instintos de nossas vísceras. Quando estamos a enfrentar desafios, é melhor sentir nossas respostas a partir do Chacra Cardíaco e quando precisamos de agir (após termos processado através do coração), movemos a nossa percepção para cima, para a nossa cabeça.
É um Acordo de Combinação
Precisamos nos acostumar a usar todos os nossos “cérebros” corporais para enfrentar os desafios de viver neste mundo caótico e, ainda assim, tão belo.
“O coração é a principal característica de uma mente funcional.” ~ Frank Lloyd Wright
Temos cérebro em nosso crânio, sem dúvida, mas você também pode dizer que temos inteligência espalhada por todo o corpo – em nossas vísceras, em nosso coração, em nossa pineal, em nossos pés e adiante. Muitos de nós perdemos a capacidade inerente de as utilizarmos todas.
Polegares erguidos para um Coração Útil
Ok, então aqui está a minha história sobre como eu finalmente “comecei” a usar a orientação do coração:
Há alguns dias eu esmaguei meu polegar na dobradiça da porta de meu carro… e é aqui que vos vou introduzir à palavra Sul Africana (Afrikaans para ser mais precisa), “Eina!” pronunciada ‘aye – naa’ e que significa DOR.
Depois de usar pacote de gelo após pacote de gelo para adormecer a dor, eu sabia que era inevitável ter de deixar o conforto frio do apoio do glacial plástico e sentir os danos.
Foi aqui que a cabeça entrou em jogo.
Meus pensamentos vaguearam para o meu polegar penetrado pelo latejar excruciante e sensações de calor e inchaço. Era obviamente necessário sentir que o meu apêndice estava danificado (se não sentíssemos a dor, não seriamos alertados para o problema).
Certo, então agora que eu fui alertada pelo pedido de ajuda do meu corpo e senti o pequeno exército de manutenção atarefado vir fazer o seu trabalho, me questionei, “então qual é a necessidade de ainda sentir a dor? Eu sei que estou ferida – fiz tudo o que podia para me “medicar”… porque não pode apenas ser “desligada”?”
“Sua visão se tornará clara somente quando você olhar dentro de seu coração… Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.” ~ Carl Jung
Então, por alguma estranha noção miraculosa, comecei a mover a minha consciência para o meu centro do coração. Foi meio espontâneo e eu segui isso. Foquei toda a minha percepção no espaço no meu peito e o “pensamento” se formou lá. A dor subsistiu até que foi embora completamente e o que sobrou foi o inchaço.
Verifiquei meu polegar com a mente de meu coração e ainda estava alerta para o pulsar (quase como se o corpo ainda estivesse lembrando você de que existe uma “crise” ali para ser vista), mas sem a dor.
Aleluia!
Durante a meia hora seguinte, eu me sentei alternando da mente (experienciando a dor) ao coração (sem dor), apenas para me certificar de que não estava alucinando. Funcionava de todas as vezes!
Alquimia e o Coração – Transformando Nossas Experiências em Ouro!
Ainda estou no início da apreciação de minhas novas descobertas do coração/mente. Não estou afirmando que agora tenho pleno controle da dor, mas certamente tive um vislumbre de como o nosso maravilhoso sistema funciona, ou deveria funcionar.
A dor é necessária para nos alertar de que alguma coisa está fora de alinhamento (isto pode ser tanto fisicamente ou mentalmente/emocionalmente), mas será que não precisamos sofrer como consequência? Será que utilizar nossa mente para fazer todo o pensamento está, na verdade, nos provocando sofrimento desnecessário?
É algo a ponderar, ou deveria dizer, algo que deveríamos pelo menos tentar explorar ou sentir dentro de nós – mudar de pensar demasiado perpetuamente para percepção centrada no coração.
Será que nossos centros do coração são as nossas próprias Pedras Filosofais pessoais – alquimizando as situações ao seu centro mais básico?
Senti que nossos corações são ferramentas divinatórias para a verdade. Quando caímos em nossos corações funcionamos a partir da plenitude – a partir da unidade de nossa alma sagrada.
“O funcionamento do coração humano é o mistério mais profundo do Universo. Em um momento nos faz desesperar por nossa espécie, e no seguinte vemos nele o reflexo da imagem divina.” ~ Charles W. Chestnut
É pura felicidade cair em nossos corações – quando é feito eficientemente parece que tudo é como deveria ser e que a única verdade é Amor incondicional, inequívoco.
Somos espírito tendo uma experiência corpórea, então é necessário estar atento em relação aos nossos pensamentos e ações físicas que precisamos ter para manter nosso esforço material. No entanto, se esforce para confiar na sabedoria inata do coração e usá-la o mais frequentemente possível como uma força equilibrante, neutralizante, em nossas vidas.
“Se eu mantiver um galho verde em meu coração, então o pássaro que canta virá.” ~ Provérbio Chinês.
Cherie Roe Dirksen
Fonte: https://cherieroedirksen.com/ — Margarida Estevam e Marco Iorio Júnior — Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz