Mensagem de 3 de Janeiro de 2021
Crie uma ligação entre a escrita e a cura. O diário permite-lhe fazer perguntas para auto investigação e crescimento. “A escrita cria uma libertação física. Beneficia o bem-estar, baixa a tensão arterial, melhora o sono, diminui as consultas médicas, aumenta a memória e aumenta a autoconsciência“.
Se quer transformar a sua vida, comece a escrever, diz Mark Matousek.
Um antigo jornalista de revistas, co-editor de “Still Here” de Ram Dass, e autor premiado de sete livros, Matousek diz que escrever é uma prática espiritual. Tal como o caminho espiritual é a procura da verdade, escrever também é descobrir a verdade. A escrita pode levar à cura.
“Quando se diz realmente a verdade, a nossa vida transforma-se”, afirma Matousek.
A escrita é um caminho direto para o autoconhecimento. “Tu te tornas o teu próprio guia e guru quando és honesto consigo mesmo na página e fazes as perguntas difíceis”, diz ele. As perguntas, enfatiza ele, são as chaves que abrem a sabedoria. “Através do auto inquérito, tu te tornas a tua própria fonte de sabedoria“. A escrita lhe ajuda a escavar o teu conhecimento interior; ela penetra na tua intuição, no teu eu mais profundo.
Ele aponta que muitas vezes as pessoas são estranhas a si próprias. “Você vai automaticamente sem compreender o que se faz ou porque se faz algo”, observa ele. Todos temos padrões que repetimos inconscientemente; queremos compreender como esses padrões afetam a nossa vida. O compromisso com uma prática de escrita permite-lhe reler o que escreveu, o que lhe oferece a oportunidade de se tornar testemunha da sua história. “Essa consciência de testemunha liberta-o para ver as coisas à distância e lhe dá uma perspectiva mais ampla“, diz Matousek.
Você quer chegar ao lugar em que não julga a si próprio. Em vez disso, “Você diz apenas: ‘Não é interessante eu estar a fazer isto. …’” Porque depois está curioso e quer aprender mais. “Quanto mais se compreende a si próprio e porque faz o que faz, mais feliz e mais livre é“, diz ele.
Além disso, a escrita pode ajudar no processo de deixar ir. Você é capaz de libertar as histórias que te mantêm preso no passado. “Ajuda-o a desembaraçar-se do passado e das histórias que continua a contar a si próprio“, diz ele. Tipicamente, não tende a questionar as suas próprias narrativas. “Limita-se a repeti-las como um loop. É uma repetição até perguntar: “Que obsessão é esta e porque tenho tanta dificuldade em ultrapassá-la?”.
Muitas vezes é a má interpretação de uma história que causa sofrimento. “Está interpretando e criando narrativas a toda a hora em tudo o que faz. E a sua interpretação e a minha interpretação do mesmo evento pode ser totalmente diferente“, diz Matousek. Escrever permite-lhe reconhecer as histórias que está a contar a si próprio, o que elas representam, e como elas podem lhe manter preso.
A escrita cria uma libertação física. Beneficia o bem-estar, baixa a tensão arterial, melhora o sono, diminui as consultas médicas, aumenta a memória, e aumenta a autoconsciência.
Matousek recomenda a escrita durante 15 a 20 minutos cinco dias por semana para promover a clareza e o discernimento. Ele sugere que se faça as seguintes perguntas para começar.
Onde é que me sinto autêntico na minha vida? O que não se sente autêntico?
O que é que realmente desejo?
Onde é que o medo me leva?
Que dons escondo porque foram julgados?
O que é que precisa de ser curado?
Como é que me sinto realmente?
Em que estou realmente interessado?
O que é que me fascina?
Com a pandemia, como meus valores mudaram?
O que aprendi sobre mim mesmo?
As circunstâncias estão constantemente mudando, por isso você quer reavaliar o que funciona na sua vida e o que não está funcionando.
Pode sentir-se como se tivesse de escrever uma prosa perfeita como resultado do condicionamento ou da educação escolar. “Alguém durante a sua educação disse algo e depois nunca mais quer escrever“, nota Matousek. Ele sublinha que a prosa não tem de ser perfeita – não se preocupe com a sintaxe e a técnica. Para que a escrita leve à cura, basta dizer a verdade.
Para usar a escrita para a cura, pode-se fazer listas, escrever um poema, colocá-lo numa canção. Pode ser de qualquer forma que se queira. “O trabalho é uma ferramenta de autodescoberta – não precisa de o mostrar a ninguém – é só para si“.
Como ele o coloca: “Se puder escrever um e-mail, você pode fazer uma auto investigação“.
Robin Fasano — Fonte: https://eraoflight.com/
Rafaella Dourado e Marco Iorio Júnior — Tradutor e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz