“Só sei que nada sei”

Mensagem de Dezembro de 2020

Ah! Quanto amamos a certeza? Quanto amamos a “verdade”? Discutimos, brigamos, gritamos, lutamos e guerreamos em nome da nossa certeza, da nossa verdade.

Todos os dias podemos ver  isso no coletivo da humanidade em forma de roubo, discussão e guerras, mas será que obsessão pela verdade existe somente fora de nós, ou será que toda intolerância externa que vemos é derivada também do nosso interior, da nossa consciência?

Uma vez eu presencie uma discussão bem calorosa por causa do tipo da grama do jardim em que as duas pessoas estavam. Cada um tinha ” certeza” que o outro estava falando besteira. Cada um defendeu o seu ponto de vista como se aquela “preciosa” informação fosse mudar o mundo.

Isso pode parecer ridículo, mas quem nunca entrou em uma discussão destas? Procuramos informações para transforma-la em certeza, em verdades, então as defendemos com toda a nossa força.”Só sei que nada sei”. 

As nossas certezas deveram ser vistas por aquilo que são, ou seja, conceitos transitórios particulares. As nossas verdades pertencem  a nossa versão atual do nosso Ser, amanhã pela manhã, o nosso conceito poderá ter mudado. A verdade é um ponto de vista, por isso não pode ser imposto ou comparado.

Muitas vezes esquecemos de tudo isso e nos tornamos completamente inconscientes durante uma conversa e tentamos convencer o outro de algo que na verdade faz sentido somente pra nós. Estar presente é o único modo para praticar o mantra do “Talvez”.

A verdade mais importante é aquela que ressoa com você hoje, sem esquecer que ela é tua, somente tua e a verdade do outro tem tanto valor e merece tanto respeito quanto a tua.

Namastê

Luciana Attorresi – Fonte: https://trabalhadoresdaluz.com
Marco Iorio Júnior — Editor exclusivo do Trabalhadores da Luz