Na Nova Era a proteção não é o ponto do foco

Mensagem de 9 de Agosto de 2021

Tentar nos proteger não é sobre o que a Nova Era diz respeito.

Na velha consciência, a vida girava em torno de proteção. A mente e até mesmo o corpo foram treinados meticulosamente para ativar o modo de autopreservação quando sentissem que sua existência estava sendo ameaçada.

E, com a transformação do humano em humano Divino, nossa autoproteção e os medos relativos à sobrevivência se potencializaram. Sejam os relacionados com nossa saúde ou nossas finanças. Ou com qualquer outra coisa que ameace nossa zona de segurança. O corpo e a mente percebem uma grande mudança, algo pelo que jamais passaram antes.

Mudar é assustador tanto para a mente quanto para o corpo.

Conforme minha sensibilidade foi aumentando por conta da integração do corpo de Luz, percebi que não estava conseguindo tolerar certos cheiros de perfume, nem mesmo o cheiro do amaciante de roupas que vinha de outras pessoas que haviam lavado suas roupas com sabão com fragrância. Reagi até mesmo à desgaseificação de um novo utensílio.

Estava me tornando altamente sensível aos poluentes ambientais e também ao som e às energias dos outros. Até aí, nada de novo, visto que muitos de nós são sensíveis a isso. Normalmente, conforme ocorre o processo de envelhecimento, nossos sentidos – como visão, audição e olfato – ficam embotados.

Se em algum momento você duvidou de que a integração do corpo de Luz é real, apenas lembre-se de como você se tornou muito mais sensível a tudo na vida.

Mas, quando olho para trás e vejo como trabalhei duro para controlar meu próprio ambiente para que pudesse ficar confortável e como isso foi estressante, fico pasma. Não, essas coisas não estavam ameaçando a minha vida, mas apenas aumentavam o nível de estresse e ansiedade que esse processo traz à tona.

É desafiador lidar com todos os sintomas de transformação ao mesmo tempo que tentamos manter uma existência 3D. Em muitos momentos senti como se estivesse entrando em colapso. E é por isso, aliás, que esse processo precisa ocorrer em um determinado ritmo, ou nosso corpo e nossa mente não seriam capazes de lidar com o nível de sensibilidade que faz parte do corpo de Luz.

Pois, com a integração do corpo de Luz, nosso corpo original, com nosso corpo ancestral, estamos nos tornando muito sensíveis. Estamos sentindo as coisas não apenas como nossos sentidos humanos, mas também com os milhares de sentidos da nossa alma. Essa situação é incrível porque estamos começando a sentir a vida em um nível muito sensual.

Mas, enquanto isso, o corpo precisa se ajustar a níveis cada vez mais profundos de integração e sensibilidade.

E isso vai acontecer. Ele está reagindo aos estímulos em sua forma antiga e defensiva, criando alergias no corpo. No meu caso, isso normalmente se manifesta como uma irritação na boca e na língua. Tenho notado que muitos desses estímulos não estão me afetando como antes, o que é um sinal de que o corpo está se ajustando aos sentidos da alma.

Foram realizadas pesquisas que mostraram que crianças que cresceram em lares ambientalmente estéreis apresentaram mais resfriados e infecções do que as que viviam em ambientes menos estéreis. O corpo precisa de certa exposição a diferentes partículas e condições ambientais para fortalecer seu sistema imunológico.

Mas ao longo do tempo a humanidade parou de confiar na resiliência do corpo.

Isso também se aplica a alimentos. É importante confiar no corpo e, caso ele rejeite certos alimentos, devemos, é claro, evitar ingeri-los, mas nesse processo de transformação é interessante ver que certos alimentos que nos causavam problemas podem agora ser apreciados sem que nos causem mal-estar.

Nossa relação com os alimentos está mudando, mas não da forma como podemos imaginar. O que acreditávamos ser nocivo para nós, não necessariamente é. Foram as nossas expectativas em relação aos alimentos que fizeram com que desenvolvêssemos alergias ou reações a eles em um nível corporal.

Portanto, é possível que vejamos nossas crenças acerca de alimentos mudando também.

PROTEGER OU PERMITIR

Com o tempo, muitos de nós aprendemos que tentar proteger os outros de seus próprios problemas não funciona e, na verdade, sai pela culatra. As outras pessoas precisaram passar por desafios por si próprias para se tornarem mais fortes e sábias.

O mesmo se aplica a nós nessa transformação. Precisamos permitir ao corpo e à mente experimentarem as condições em que se encontram. Trate-se de um problema ligado à área de relacionamentos, ao campo emocional ou a uma condição física.

Tentar protegê-los a todo momento apenas prolongará o processo de integração. Confie que o corpo pode e irá se ajustar a esses novos sentidos e que não é assim tão frágil ou vulnerável. Isso também envia uma mensagem ao corpo confirmando que confiamos nele e nesse processo.

É desafiador porque nosso instinto é proteger a nós mesmos daquilo que consideramos nocivo.

Mas descobri por experiência própria que com o tempo meu corpo pode ter uma reação a algo, mas isso durará cada vez menos tempo. O período de ajuste é mais rápido. E também percebo que os medos que fazem parte disso vem diminuindo. E, de verdade, isso é o mais importante, todos os medos associados às mudanças pelas quais estamos passando. Eles estão sendo transformados por nossa alma.

Estamos aqui para aproveitar a vida e agora temos que fazer isso com toda a sensualidade humana e da alma. Mas há um período de adaptação que precisamos honrar e no qual temos que confiar. Confie que nossos corpos irão se ajustar com o tempo e que não será necessário reagir ao que está ao redor de forma defensiva. O corpo começará a confiar na Luz e a alegrar-se em sua presença.

Maria Chambers — Fonte: https://soulsoothinsounds.wordpress.com/
Adriana D. R. T. Olívėra e Marco Iorio Júnior — Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz