O Poder Criativo Inteligente agindo na minha vida

Este artigo faz parte de um trecho de um livro que está sendo ainda escrito – iniciado em dezembro 2013

O Poder Criativo Inteligente é o tudo, é o que antecede a Criação, é o depois, é a mola mestra de tudo que existe, de toda a natureza, de tudo supostamente criado pelo homem, é a proteção, nutrição e satisfação de nossas necessidades. É daí que sai as manifestações de tudo que pensamos e sentimos. Nada criamos, apenas damos a intenção pela tal, nesse momento o desejo cria um projeto formado de pensamentos e sentimentos, e o Poder Criativo Inteligente realiza.

Recebido em inspiração – janeiro 2014 por Rogerio Attorresi


Todos os dias das nossas vidas, estamos  praticando continuamente a lei da causa e efeito, e consequentemente deixando o Poder Criativo produzir aquilo que Ele recebe como “pedido”. Pelo que observei até os dias de hoje – em 2013 – o Ser Humano ainda goza das manifestações sem saber das reais razões das quais acontece, faz-se por instinto ou para melhor agradar o ego, intuitivamente.

Na época deste acontecimento que conto aqui, não foi diferente para mim – o Poder Criativo agiu em minha vida sem eu saber como funcionava esse ‘Poder’.

Em 1994, eu estava com o carro estacionado em  uma praça famosa em São Paulo, fazia apenas 30 dias que havia comprado esse automóvel, estava lá comendo um lanche acompanhado de uma garota.

Faziam apenas 10 minutos que estávamos ali e bastaram para que eu sentisse “no ar”, que algo estava errado naquele local. Demorei uns 30 segundos para tomar a decisão de ir embora, mas nesses longos segundos, tive uma visão de um homem vestido de roupas e chapéu pretos, se aproximando de mim, mas era como se tivesse entrando em meus olhos, a imagem era confusa, desfocada, e uma grande angustia me tomou por inteiro, foi quando consegui sair dessa “ hipnose” que me “distraía”.

Neste instante, dirigi minha mão à chave da ignição, porem, era tarde demais.

Fui abordado por dois garotos, se via claramente que eram jovens, e não tinham mais que 18 anos. Um de cada lado das portas, bem munidos de armas, me coagiu abrir a porta. Saí, e imediatamente, disse :

“O carro é todo seu, as chaves estão no contato.”

Agora, em quanto escrevo, estou rindo da situação de lembrar de como eu estava apavorado !

Os garotos não tinham a intenção de apenas levar o carro, mas também de não deixar testemunhas, portanto nos levaram juntos com eles.  Era um carro de duas portas,  e eu e um deles fomos no banco traseiro, a garota permaneceu no banco da frente como passageira e o outro rapaz conduzindo o veiculo.

O rapaz que me acompanhava, tinha a arma engatilhada, era um revólver 38” de cano longo e apontada e pressionada em meu baço. Qualquer movimento errado que fosse de minha parte, como da dele, poderia disparar a arma. A garota, desde o momento da abordagem, não havia dado um grito, um gesto  de susto, era imóvel, somente depois percebi que ela havia sofrido um trauma, e permanecida paralisada.

Percorremos por uns 20 Km, e quando estava chegando perto do que iria ocorrer, o garoto que me acompanhava, me disse exatamente assim:

“ Pode tirando o relógio, a carteira, esse tênis manero que presunto não precisa nada disso “

Nesse instante, senti a morte !

Literalmente… senti um vazio muito grande, me veio na mente meus pais, minha vida, momentos de alegria que havia tido com minha família e familiares, tudo muito rapidamente. Essa morte, é para o despreparado, logicamente,mas naquela época, era somente teoria as coisas que eu sabia.

Intuitivamente, me veio em mente para orar ou mais precisamente rezar…rezar a oração da Ave Maria. (Eu sempre tive um vinculo com a Divina Maria,pois desde pequeno me emociono ao dizer seu nome, ao ouvir a música da Ave Maria e nas minhas conversas e meditações que passo com ela)

Irônico, não é ? Eu que abolia e queria o máximo de distância de todas as rezas da Igreja católica  e era agora meu único amuleto.

Me veio uma intuição muito forte mesmo e não deixei a oportunidade escapar, me senti forte, seguro e muito confiante, mas ao mesmo tempo me senti muito pequeno quando comecei a rezar, falava em pensamento a reza, e ao mesmo tempo que me tornava confiante, me sentia o criador do nada.

Foi uma sensação Impar.

Os dois indivíduos estavam primeiramente, muito seguros de nos eliminarem, apesar do rapaz que conduzia o carro, não ter me feito a tal afirmação do “ presunto”, ele reafirmou com muitos “ é “ durante a curta, mas objetiva declaração do outro rapaz quando fazia.

Eu, em nenhuma vez havia suplicado de não cometer o assassinato. Porem, quando já havia quase terminado minha reza – que por dentro, confesso, era aos prantos – já  me encontrava sem o tênis, relógio e carteira que estava sobre as pernas do rapaz, acontece o “inesperado” ! O “milagre” !

De uma forma inesperada, vi através da posição que eu estava sentado no banco de trás, transversalmente ao motorista ou sentado atrás do banco do passageiro, que o motorista teve uma espécie de tremor, e de repente ele inicia a gritar com o outro assaltante e se desencadeia uma grande discussão, e o tema era do “não” ou “sim” de cometer o duplo assassinato.

Depois de alguns pouquíssimos minutos, senti uma outra forte intuição.

Sabe qual foi ?

Foi de sair do carro calmamente !

A discussão havia tomado uma tamanha grandeza entre os dois, que o motorista parou a meio fio da calçada e foi então que o forte impulso de sair me veio, como se eu não estive na mira de um revólver engatilhado.

Até então nem me movia, pois qualquer movimento em falso poderia fazer o rapaz pensar que eu pudesse estar querendo reagir, somente fiz isso quando precisei me desfazer dos objetos, os mesmos que nesse momento de adormecimento deles e de me tornar “ invisível “, tomei posse novamente do que era meu por direito.

Primeiramente, tirei a carteira que estava em cima das pernas do assaltante…. olhava para ele e para o outro…e pensava : “nossa ! ele nem reclamou… parece que nem estou aqui “ . Logo em seguida, vesti os calçados e tirei o relógio que estava na mão esquerda do assaltante. (eu estava à direita do assaltante)

O próximo passo, seria sair do carro, e foi o que fiz.

Entre o banco do passageiro e a parte lateral do carro, tem um espaço, usei para alongar meu braço até a maçaneta da porta, abri, empurrei fortemente a mesma, porem meu desespero e minha surpresa foi quando somente aí percebi que a mulher estava paralisada, “congelada”. Eu empurrava o banco, e o corpo pesante não me deixava sair, tomei um atitude mais ainda atrevida no meio daquela cena; me levantei e passei no único espaço que tinha, certamente não o necessário normalmente para alguém sair de um veiculo duas portas. Olhei para a garota, ainda não entendendo do porquê que ela estava parada como uma estátua, e vi seu olhar fixado, ali entendi toda a situação dela, peguei-a no colo, e a tirei-a do carro, me dirigindo no sentido contrário da avenida onde estávamos.

Nesse instante, depois de alguns bons metros que corri com ela nos braços, escutei o rumor do veículo partindo, não olhei para trás, certo que era aquele rumor o do meu ‘ex-veículo’. Eu nem havia percebido,mas estava no meio do curso da avenida,  e carros passavam por mim sonando as buzinas, até ver e vir de encontro a mim, uma luz, um giroflex. Vi que estava salvo e seguro, era uma ambulância, onde nos levou à delegacia mais próxima.

Nunca havia pensado, que um momento assim que passei, poderia servir para elucidar como um bom exemplo.

Lembra mais acima quando te contei que eu estava pensando no momento que eu estava “ invisível” ?

“nossa ! ele nem reclamou… parece que nem estou aqui “ . Logo em seguida, vesti os calçados e tirei o relógio que estava na mão esquerda do assaltante.

Pois é, me veio em mente um relâmpago de reflexões neste momento, que me fez comparar isso acima citado, com o momento da abordagem e o assalto constituído.

É muito mais fácil acreditar que o assalto em si, seja “normal”, talvez você teria várias explicações lógicas, como de eu estar numa praça com um carro estacionado ou pelo horário ou qualquer outro dado que levaria a dizer que isso é normal, ainda mais em uma cidade como São Paulo.

Mas você parou para pensar o que te contei, pode ser tão normal quanto foi o assalto ?

“ Não ..não …isso não é normal”, você poderia dizer !

Você poderia ainda acrescentar que isso foi um milagre !!!!

Possa ser que eu lhe desaponte meu querido leitor, mas isso não foi um milagre, mas foi apenas o Poder Criativo Inteligente agindo para àquilo que criamos de desejos, pensamentos e  sentimentos, muitas das vezes quase ‘embriagados’, inconscientes, que criamos os impulsos das manifestações.

O assalto foi certamente, lhes asseguro, o efeito da causa. O “milagre” também foi o efeito da causa – o Poder Criativo Inteligente agindo sob minha intenção.

nota: Este relato se trata de um acontecimento real que aconteceu comigo.

Rogerio Attorresi

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