O tempo da mente

Mensagem de 18 de Maio de 2019

 

Naquela época, experimentávamos com a mente. Houve um consenso de que a mente era basicamente a nossa identidade. Acreditávamos que fazer com que todos fôssemos semelhantes traria uma sensação de equanimidade e alegria. Antes disso, trabalhámos para que todos os humanos parecessem relativamente normais, fisicamente e biologicamente.

Novamente, pensámos que padronizar todos apenas tornaria a nossa vida mais fácil.

Como resultado, a mente e o corpo têm sido objeto de muita hipnose e sobreposições.

Você pode perceber que, embora as pessoas tentem ser únicas à sua própria maneira, na maioria das vezes elas vivem vidas de conformidades relativas. Na verdade, de uma forma extrema, há guerras travadas e vidas perdidas em nome de querer que os outros cumpram uma ideologia predominante.

E esse desejo remonta a uma época em que a conformidade era vista como uma coisa boa.

É claro que as sociedades fluem mais suavemente quando seus cidadãos cooperam entre si e concordam com as mesmas regras, costumes sociais e leis. Caso contrário, pode ser fatal.

Estar numa fila para o café pode acabar num jogo de wrestling, ao invés de um habitual e organizado “primeiro a chegar, primeiro a ser servido”.

Mas o que pretendo referir aqui é a ideia de que a mente é suprema, e não há espaço para a alma. De volta à Atlântida, nós não entendemos o conceito de Espírito, ou de ter uma alma ou um eu eterno. Nós estávamos tecnologicamente avançados, mas como não podíamos ir além da mente, isso levou à inevitável queda da civilização Atlante.

O que alguns de nós aprendemos com essa experiência é que a mente, por si mesma, é incapaz de evoluir. A verdadeira evolução envolve o reconhecimento da alma.

A maioria das religiões seculares não considera a importância da alma. De fato, até há alguns séculos atrás, se alguém alegasse ter uma alma, poderia ser visto como um herege.

Assim, mesmo na religião, onde há uma crença num Deus fora do eu, esse Deus é percebido como um tipo de mentor. Caso contrário, porque seria atribuído a tal Deus habilidades como supervisionar e julgar bilhões de pessoas e recompensá-las ou condená-las.

Tratam-se de construções de uma mente limitada.

O conceito de colher o que você semeia é verdadeiro, no sentido de que, se a mente acredita fortemente no pecado e no julgamento, atrairá experiências de culpa e punição.

Alguns dos maiores filósofos e psicólogos tocaram na ideia da alma, mas não a levaram longe o suficiente. Uma coisa é filosofar sobre a alma e a existência de um eu eterno, mas outra bem diferente é incorporá-lo.

UMA MENTE NA ROTA

A expressão, uma mente na rota é interessante porque a mente, por natureza tem apenas uma rota. Vivencia a realidade de maneira linear, com passado, presente e futuro, e raramente passa tempo no presente.

Durante o processo de ascensão, a mente é integrada com a presença cristalina, que é o Eu Sou. Não é deixada para trás e não é desvalorizada. Mas precisa de evoluir além das suas limitações. E isso não pode ser feito sem permitir que o eu expandido faça parte do acordo.

As pessoas pensam que na ascensão se tornam mais inteligentes. Que serão capazes de fazer coisas incríveis com a mente, como perceber informações que não estão conscientes agora.

Mas, na verdade, o foco na inteligência pode ser uma grande distração nesse processo. Tentar descobrir as coisas com a mente pode ser arriscado. Agora estamos a começar a confiar na nossa intuição divina inata, nos nossos sentidos esotéricos, que foram dessensibilizados por muito tempo.

Então, estamos no processo de liberar o controlo da mente. É a coisa mais difícil de fazer porque a mente tem um depósito de memórias e dados que continua a recuperar no sentido de fazer escolhas e tomar decisões.

O problema disto é que na nova consciência essas memórias armazenadas não funcionam. Estamos a tirar o nosso conhecimento de uma fonte totalmente diferente. Agora a mente assiste-nos, e ainda continua com funções importantes, mas não é a figura principal.

Levará algum tempo para a mente relaxar e permitir que este processo se desdobre. Está acostumada a estar no comando.

E isso não vai apenas além da mente, mas também permite que nossa perspectiva expandida entre e esteja presente, com sua sabedoria e as suas habilidades para se manifestar.

A mente humana estará mais tranquila na confiança que existe uma maneira mais fácil de criar. Parte da mente padronizada é a sua insistência em que as coisas devem ser complicadas. Adora complexidade e desafios. Sente-se meio perdida sem algo para resolver ou superar.

UMA EXPERIÊNCIA

Há uma história de uma turma de estudantes de ciências de pós-graduação que receberam uma equação para resolver. O professor disse-lhes que, embora exista uma solução conhecida para a equação, muito poucos serão capazes de resolvê-lo.

Ele desafiou-os a tentar. Mas depois de um período de tempo razoável, nenhum deles conseguiu.

Então ele trouxe um jovem estudante do ensino médio e disse-lhe para tentar resolver a equação, mas não partilhou que era quase impossível de resolver.

Ele conseguiu resolvê-lo em poucos minutos.

Se a mente é informada de que algo será difícil ou impossível, geralmente é concedido porque ela está condicionada a voltar ao banco de dados e a recuperar tudo o que era quase impossível de fazer. E, de seguida aplica-o à tarefa em mãos.

Se um paciente é informado que sua doença é facilmente curada com apenas uma mudança de dieta, ou alguma medicação, há uma boa hipótese dele se curar dessa doença.

Se outro paciente é informado de que a mesma doença é irreversível, e que eles serão apenas capazes de controlar os sintomas mas não de curá-los, é provável que seja isso que vai acontecer.

Então a mente é uma ferramenta poderosa, mas pode ir apenas até certo ponto. Se as energias discordantes que criaram os desequilíbrios não forem resolvidas, então algo mais surgirá.

E a resolução não está no domínio da mente. É uma ladeira escorregadia quando tentamos superar desequilíbrios de natureza física ou emocional usando apenas a mente.

É por isso que a psicologia tradicional pode ir tão longe. E é por isso que os psiquiatras prescrevem antidepressivos.

Existe um fenômeno que acontece quando alguém tenta processar os seus problemas através da mente. Eles afundam ainda mais.

Existe uma maneira mais fácil. É apenas permitir a integração da alma e do EU SOU com a mente e o corpo.

A mente ficará inquieta e tentará fazer algum drama. E está tudo bem. mas isso também vai ficar aborrecido. Ir para além da mente padronizada e entrar no conhecimento do Eu Sou não é tão impossível como parece.

Requer estar no momento atual, e numa consciência da 5ª dimensão na qual não há tempo nem espaço como nós o conhecemos, não há ontem nem amanhã, apenas o agora.

É fácil.

O desafio é que a mente é puxada para a gravidade do pensamento de uma natureza 3D e, em seguida usamos isso como padrão para tentar criar.

Do ponto de vista 3D, a mente continua a pedir resultados ou emoções derrotistas. É um círculo vicioso. É por isso que este despertar e transformação nos vão obrigar a abrir para a perspectiva mais ampla de quem nós também somos.

Fonte: http://www.soulsoothinsounds.wordpress.com — Alexandra Martins e Marco Iorio Júnior — Tradutora e Editor exclusivos do Trabalhadores da Luz