Mensagem de 27 de Julho de 2023

“Para um Guardião da Terra, o amor não é um sentimento ou algo com o qual você pode negociar. O amor é a essência de quem você é e irradia de você como uma aura brilhante: você se torna amor, pratica o destemor e atinge a iluminação.” – Alberto Villoldo, Ph.D

O amor não é só um sentimento.

Os sábios acreditavam que o amor é a força singular do universo, que toda a criação surge do amor e que todas as coisas belas que você cria em sua vida vêm do amor. O amor é uma força da qual você não pode escapar, como a gravidade. É onipresente, mas invisível. Ele exerce uma atração irresistível sobre nós, levando-nos a atos de coragem e tolices além de nossa imaginação mais louca.

Mas ao contrário da gravidade, sobre a qual você não pode fazer nada – você não pode levitar facilmente, por exemplo – o amor é a força que você usa para co-criar com a Luz Primordial. Ao descobrir isso, você pode continuar sonhando com a existência de um novo mundo. Para os xamãs com quem trabalhamos no os Quatro Ventos, o amor não é um sentimento, embora a maioria de nós o experimente como tal.

É uma força.

É o que sente a flor pelo orvalho da manhã, a onça pelo veado que caça para alimentar seus filhotes.

É o arco-íris depois da chuva.

O amor é a força que pode nos ajudar a extrair a verdade em meio às mentiras. E acima de tudo, o amor é o poder da Luz Primordial, que é conhecedora, inteligente, sábia. Podemos interagir com a Luz Primordial, o que chamamos de Espírito, e ela responde a nós. Esse é o contrato que a Laika tem com a Spirit.

Você chama e o Espírito responde a você todas as vezes. Transformar o devaneio do amor, que é incondicional, exige que você descubra o destemor. Você se torna destemido realizando três ações: Desista da fantasia de encontrar sua alma gêmea perfeita. Ame quem você é, mesmo com esse traço desagradável. Desista da ideia de um deus que o ama apenas quando você faz “o que é certo”.

Como reconhecemos quando estamos vivendo sob o feitiço de um devaneio? Os devaneios sempre contêm um contrato ou acordo que fazemos com a vida que é mais ou menos assim: “Quando…, então…” Quando eu encontrar meu verdadeiro amor (ou minha verdadeira vocação, ou a casa perfeita, ou o emprego…), então eu será feliz (ou bem-sucedido, ou realizado, ou – você escolhe).

Mas a vida não gosta dessas barganhas. Começamos a acordar do devaneio quando mudamos o acordo “quando…, então”: quando eu amo quem eu sou, então os outros me amam. Quando quebramos o hábito de buscar nossa alma gêmea, começamos a acabar com o sonho do amor incondicional. A próxima ação que devemos tomar é amar quem somos e eis como: Seja destemido ao olhar para si mesmo.

Você é o que você é. Respire fundo e aceite que, para o bem e para o mal, você é você. Ninguém mais vai lhe dar esse tipo de aprovação sem cobrar um preço altíssimo. Abraçar a si mesmo é o verdadeiro caminho para o amor incondicional por todos ao seu redor. Seus pais, parceiros, filhos, amigos, parentes e colegas de trabalho.

Todos são imperfeitos, assim como você.
Que partes de si mesmo você amará hoje?
Em Munay

Alberto Villoldo — Fonte: https://eraoflight.com/
Marco Iorio Júnior — Tradutor e Editor exclusivo do Trabalhadores da Luz